Tuesday, May 18

Rest in Peace, master...

Em tempos como este, em que moleques sem talento algum, com franjas escorridas e sombra nos olhos, fazem sucesso com suas pseudo-bandas-de-rock e que, além deles, o que se ouve em rádios e televisão é o que de pior qualidade existe, venho com grande tristeza prestar uma humilde, mas muito sincera homenagem a Ronnie James Dio.
Pra quem não teve a felicidade de conhecer este mestre, Dio foi o vocalista de bandas como Elf e Rainbow, mas ficou mais conhecido por suceder Ozzy Osbourne na banda Black Sabbath e por sua carreira solo.
Além de sua voz singular e de suas composições incríveis, Dio tinha uma presença de palco impressionante durante os shows. Assistir a um show de Dio é presenciar o que de melhor pode-se ter em um show de heavy metal. É uma aula de atitude, de sinceridade e de musicalidade sendo, por isso, nada mais do que justo chamá-lo de mestre.

Dio faleceu no dia 16 de maio de 2010, as 7:45 da manhã (hora local), vítima de câncer de estômago, deixando pra trás uma família.
Uma família de milhões de pessoas que choram, não só a perda de um grande músico, mas a falta irreparável que ele faz. Num mundo onde o podre é louvado, onde o mal gosto está em alta e a real paixão pela música se faz cada vez mais rara, perder Dio é como perder as esperanças, é como confrontar uma triste realidade de que o puro heavy metal, cheio de sua devida atitude, espontaneidade e autenticidade, morre com ele.

Os bons e os verdadeiros estão envelhecendo e, infelizmente, as novas gerações não terão a oportunidade que ainda temos de assistir a um grande show de rock, de ver seu verdadeiro espírito ainda vivo. Espero que outros venham mas, sinceramente, acho difícil. O que tinha de ser feito, já foi feito. O que vem depois é repetição: cópia da cópia da cópia...

Que Ronnie descance em paz e que
os nossos agradecimentos, pelo grande
trabalho e legado deixados, cheguem até ele de alguma forma.

Perdemos um grande cara, uma grande voz...

Wednesday, April 28

light at the end of the Tunnel

Finalmente!
Depois de alguns anos de espera, depois de tanto treino e preparo com minha TAMA imaginária, meu pad e metrônomo, depois de encher o saco da minha namorada por tanto tempo com paradiddles e outros rudimentos a esmo, apareceram os primeiros testes com bandas reais, de carne, osso e intrumentos musicais.
Por enquanto, são apenas testes. E testes são extremamente necessários para avaliar o entrosamento dos músicos e o sincronismo das idéias, apesar de não garantirem nada.
Mas, de qualquer forma, o teste é o primeiro passo para a formação de qualquer banda. A banda avalia o novo integrante e, da mesma forma, o novo integrante avalia a intenção e a proposta musical da banda.

Desconsiderando o nervosismo e a incerteza do teste, eu estou bem animado com ele.

O fato de eu ser um baterista sem bateria, obviamente, interfere negativamente na minha seleção, mas é muito difícil pra mim, ter bateria sem ter uma banda, pois moro em um apartamento dentro de um condomínio cheio de velhinhos e, em contrapartida, também começo a perceber que vai ser complicado ter uma banda sem bateria. Mas não há razão pra preocupações, já estou trabalhando nisso.

As bandas que me convidaram para os testes são bem diferentes. Uma tem um perfil mais pesado, com uma proposta heavy metal muito interessante. A outra é uma banda com intenções profissionais e uma proposta mais clássica, influenciada por grandes bandas de rock dos anos 80 e 90. As duas propostas, pra mim, são interessantes e estou bastante empolgado para me juntar a elas.

Bom, os testes são apenas para o próximo mês e, claro, pode ser que nenhum deles vire realidade. Mas, de qualquer forma, esse é o mais perto que eu cheguei da realização do meu sonho... até agora!!

Let us keep on chasing the dreams!

Friday, April 23

metronome

Algo que tem me ajudado muito nos meus estudos diários, além do pad de estudo, é o metrônomo.
O metrônomo é uma espécie de relógio que marca o tempo (andamento) musical, produzindo pulsos de duração regular. Pode ser utilizado para fins de estudo ou interpretação musical. Pode se apresentar nas versões mecânica (essa aí da foto) e digital.
Foi inventado por Dietrich Nikolaus Winkel, um relojoeiro de Amsterdã, em 1812. Porém, Johann Mälzel copiou muitas das idéias de Winkel e recebeu a patente pelo metrônomo portátil em 1816. Ludwig van Beethoven (conhece?) foi o primeiro compositor a indicar marcas de metrônomo nas suas partituras em 1817.

Navegando pela grande rede, encontrei um site muito interessante que disponibiliza gratuitamente um metrônomo digital para estudos. Tem me ajudado muito, então resolvi postar o link.

Divirtam-se:
http://www.metronomeonline.com/




Fontes: Wikipédia; Metronomeonline.com

the Main Ispiration (2)

Dia desses, um certo desocupado, mexendo (sem a devida permissão) no meu blog, apagou um dos meus posts mais trabalhosos. O post tratava da minha história com Lars Ulrich.
Fiquei muito puto, porque não posso ter um blog sobre bateria e bateristas e não ter um post sobre Mr. Ulrich.
Sendo assim, um novo post será aqui colocado, mas este não será tão rebuscado quanto o original, servirá apenas para não deixar este humilde blog sem a ilustre presença da minha maior inspiração até o momento.
Tudo bem, eu admito que Lars não seja o melhor, ou sequer um dos melhores bateristas da música, mas devemos admitir e reverenciar a sua importância para a história da mesma.
Lars é dono (juntamente com Hetfield) de uma das bandas mais importantes e bem-sucedidas da história do metal e, talvez por todo esse poder, seja um dos músicos mais controversos da história. Quem gosta dele, gosta de verdade, ama, tem o cara como ídolo e inspiração mas, existe uma grande parcela de pessoas que o odeiam. Casos como o da Napster e a suposta "auto-venda" do Metallica para o mercado comercial, fazem com que a aversão dos fãs mais conservadores seja exposta. Muita gente critica suas atitudes e seu comportamente diante da imprensa e dos fãs. Mas ele, no fundo do seu ser, está cagando e andando para tais opiniões. As críticas e ofensas não alteram sequer 1% de sua fama, reconhecimento, poder e fortuna. Eu, participante da parcela adoradora de Ulrich, prefiro acreditar que o cara apenas defende sua banda, seu trabalho e sua conta bancária, como qualquer ser humano são faria.
Metallica, foi a primeira banda de metal que eu escutei na vida, aos 10 anos de idade. Foram os primeiros acordes pesados que abriram meus olhos e me fizeram ver que música era muito mais do que Grupo Molejo, É o Tchan, Terra Samba ou qualquer uma das merdas que invadiam as rádios da época.
Por isso, devo a esses caras, mais especificamente ao Lars, toda a minha formação musical e comportamental. Ele é, na minha opinião, o baterista mais inquieto e inovador do mundo da música.
Todos os álbuns do Metallica são completamente diferentes uns dos outros, são inovadores em sua essência. Muita gente critica essa inconstância da banda já eu, considero esta a sua melhor caracteristica.
Metallica é, e sempre será, a banda mais importante da minha vida musical. Devo à Lars Ulrich não só momentos de insanidade e bater de cabeça, mas principalmente o meu interesse por música de verdade e pela bateria.
Portanto, deixo aqui no meu blog esta humilde homenagem à este monstro do metal, que mesmo sem tanta técnica ou velocidade, revolucionou o estilo de tocar bateria e continua sendo a inspiração principal para milhares de bateristas mundo afora, incluindo este que vos escreve.

Equipamentos

Lars trabalha esclusivamente com baterias TAMA, peles Remo, pedais TAMA Iron Cobra, baquetas Easton e pratos Zildjian.


Wednesday, April 21

Vadrum

Um dia desses, navegando pela grande rede, encontrei um baterista italiano chamado Andrea Vadrucci, ou simplesmente Vadrum, como ele mesmo se apelidou.
Nascido em Lecce, na Italia, Vadrum quando criança, ganhou não uma bateria, mas um teclado, onde inevitavelmente, como assim queria o destino, tocava com chaves de bateria.
Vadrum não é famoso por tocar em alguma grande banda, apesar de tocar em várias, ou por grandes vídeos instrucionais - aliás, ele não é famoso - mas sim pelos seus vídeos que ficaram famosos na rede pela criatividade.
Vadrum faz arranjos de bateria de músicas não muito convencionais como os ringtones da Nokia ou os temas de Mario Bros. e The Simpsons. Seu canal do Youtube possui mais de 35 milhões de acessos e por essa repercussão, Vadrum já foi convidado a participar de diversos grandes festivais de música pelo mundo.

Vale a pena conferir o trabalho interessante e diferente desse grande baterista.
Confira nos videos abaixo ou no site oficial de Vadrum: www.andreavadrucci.com






Tuesday, April 20

He Plays the Unplayed

Vou começar, a partir de agora, a postar uma breve biografia e descrição do trabalhos de alguns dos grandes bateristas deste planeta.
Enquanto escalo as grandes paredes íngremes do estrelato (pois como diria Angus Young, "It's a long way to the top..."), mostro à vocês alguns de meus ídolos e os caras nos quais eu tento me espelhar.

Não poderia começar por outra pessoa, senão pelo gênio das baquetas. O cara que promete (e cumpre) "tocar o intocado", o austríaco Thomas Lang.
Nascido em Viena, Austria, em 67, Lang dizia, aos 5 anos de idade, que gostaria de ser um baterista quando adulto, pois achava que "o baterista é o chefe, pois comanda a banda sentado" (sabedoria infantil).
Frequentou o Conservatório de Música de Viena e depois disso trabalhou com gente como John Wetton (UK, King Crimson), Robert Fripp, Glenn Hughes (Deep Purple), Robbie Williams, Kelly Clarkson, Sugababes, Geri Halliwell (Spice girls), Emma Bunton (Spice Girls), Ronan Keating, Steve Hackett, Boyzone, 911, Falco, Nina Hagen, Steve Jones, Mick Jones (the Clash), Doogie White (Rainbow), Bill Liesegang, Gianna Nannini, Sertab Erener, Orquestra de Artes de Vienna, Bonnie Tyler, Save the Robots, Terabite, Schwarzenator, entre outros.

Além desses trabalhos, Lang possue uma grande variedade de DVDs e livros instrucionais, como Creative Control (2003) e Creative Coordination (2006).
O trio instrumental StOrk também constitui sua extensa discografia, além de workshops, aulas e trabalhos solos como Mediator (1995) e Something Along Those Lines (2007).




Equipamentos

Thomas Lang atualmente trabalha com baterias Sonor e DW, pratos Meinl, baquetas Vic Firth, peles Remo, Roland eletrônicos, Gibraltar Hardware, cases Hardcase e AKG microfones.

Mais do que saber da história e dos equipamentos de Lang, se faz obrigatório para qualquer baterista, conhecer o trabalho deste mestre que foi, por diversas vezes, considerado o melhor e mais rapido baterista da atualidade por autoridades no assunto como a revista Drummerworld.
Assista o vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões.




Fontes: Drummerworld.com; Wikipédia; Sticktrix.com.

Monday, April 19

Infalible Reason of His Freak Drummin'

Ontem eu dei uma passada lá na Galeria do Rock.
Fui comprar alguns CDs e dar uma olhada nas novidades.
Já fazia um tempo que eu não passava por lá e confesso que fiquei meio decepcionado.

A Galeria já não é mais a mesma. Antigamente (e nem faz tanto tempo assim), quem ia à Galeria encontrava uma legião de cabeludos headbangers discutindo suas bandas e musicos favoritos. Pessoas que realmente carregavam consigo o espírito da Galeria. O simples e puro metal era o tópico principal do lugar. Hoje, quem vai até lá encontra uma corja ridícula de magricelas de roupas coloridas e cabelos escorridos. Vê-se emos e lojas emos por todos os lados. Infelizmente, o assunto passou de "quem é o melhor guitarrista ou baterista" para "qual é o melhor rímel à prova d'água pra se passar depois de chorar ouvindo NxZero". Puta que pariu! Que bosta. Essas bichas invadiram o mundo. E invadiram a Galeria. A nossa galeria!! Raça do caralho!!





Fiquei um pouco revoltado mas, pra me acalmar, entrei em uma das poucas lojas ROOTS que ainda restam na Galeria pra ver as novidades.
Depois de trocar uma idéia com o dono da loja e assistir quase a um show inteiro do Manowar que passava na televisãozinha, eu comprei o novo DVD do Aquiles Priester.
Pra quem não conhece (se é que tem alguém que não conhece), Aquiles Priester é o baterista da banda nacional de heavy metal, Hangar e ex-baterista da também banda de heavy melódico nacional, Angra.
O cara é simplesmente um monstro. Difícil descrever tanta técnica e velocidade.
Sei que não conheço todos os bons bateras do mundo, mas o Aquiles, sem dúvida, deve estar na lista dos melhores.
O DVD é sensacional pra quem curte metal e, principalmente pra quem gosta, como eu, de bateria. Além do Aquiles tocando várias músicas do Hangar e do projeto Freakeys, você ainda pode conferir uma entrevista com ele e alguns exercícios de rudimentos e técnicas de bumbo duplo.
Recomendo!



Sunday, April 18

brief drums' history


A bateria é um conjunto de tambores (de diversos tamanhos e timbres) e de pratos colocados de forma conveniente com a intenção de serem percurtidos por um único músico, denominado baterista, geralmente, com o auxílio de um par de baquetas, vassourinhas ou bilros, embora no caso de alguns executantes, possam também ser usadas as próprias mãos.
Os instrumentos percussivos foram, segundo os estudiosos, os primeiros instrumentos criados pela humanidade, uma vez que, batendo seus bastões ou os próprios pés no chão ou em pedras e madeiras, os homens da Antigüidade já marcavam o ritmo para as danças e cerimônias religiosas e até se comunicavam por esse meio. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco (furado). Estes troncos eram cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e eram percutidos com as mãos.
Os tambores mais antigos descobertos em escavações arqueológicas pertencem ao período Neolítico. Um tambor encontrado numa escavação da Moravia foi datado de 6000 anos antes de Cristo. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores (tocados tanto verticalmente quanto horizontalmente) datados de 3000 anos antes de Cristo. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos Egípcios, de 4000 anos antes de Cristo. A diversidade de instrumentos percussivos é quase incontável: são bongôs, tímpanos, tamborins, pandeiros, congas, entre outros.
No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três percussionistas cada. Um tocava o bumbo, outro tocava a caixa e o outro tocava os blocos de madeira e fazia os efeitos sonoros. Mas com a invenção do pedal todas essas pessoas se tornaram desnecessárias.
O primeiro pedal prático foi inventado em 1910 por, Willian F. Ludwig, que criou o primeiro modelo de madeira e logo depois, com o aumento da procura, passou a desenvolver junto com seu cunhado, Robert Danly, o modelo do pedal em aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de base para criação dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria foi a estante para caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apoiá-las ou dependurava nos ombros com uso de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis, um único baterista poderia executar o trabalho antes feito por três. E assim nasceu a bateria – ou “trap set” como foi chamada inicialmente.
Hoje, em evolução constante, a bateria recebe cada vez mais atenção de fábricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o melhor modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos. As inúmeras fábricas crescem a cada dia no mundo e no Brasil.
Entre as marcas que fizeram história no nosso país incluem-se a Pingüim e a Gope (anos 60 e 70) e a Odery que hoje é considerada uma das melhores baterias no mundo, tendo seu início como uma Handmade (feita a mão). Com o surgimento de novas tecnologias e a importação de ferragens e acessórios, novas fábricas na década de 1980 começam a fabricar somente os cascos em cedro, marfim e bapeva utilizando-se de ferragens americanas como a Luthier, RMV e Fischer. Incluem-se várias firmas de acessórios como a Ziltannam e a Octagon (pratos), Ibanez e a Liverpool (baquetas), RMV, a Remo e Luen (peles sintéticas), Rock Bag (cases e bags).

Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o conjunto dos elementos de uma bateria, sendo que, o estilo musical é por muitos indicado como uma das maiores influências perante o baterista no que respeita à disposição dos elementos, sendo que, a preferência pessoal do músico ou as suas condições financeiras ou logísticas;
Um surdo (designado também por tímbalo de chão ou timbalão de chão em Portugal).
Pratos
Um chimbal (par de pratos de choque em Portugal, ou hi-hat, em inglês), acionados por meio de um pedal;
Um prato de condução (também conhecido pela designação em inglês ride ou swish), apoiado num suporte geralmente em forma de tripé;
Um ou mais pratos de ataque (os três tipos mais usados, com a designação em inglês: crash, splash e china), apoiados em suportes idênticos aos do prato de condução, colocados ao lado dos outros elementos.
A adição de tom-tons, vários pratos, pandeirolas, gongos, blocos de madeira, canecas, almofadas (pads) eletrônicas devidamente ligadas a samplers, ou qualquer outro acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de forma a serem produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como Neil Peart ou Terry Bozzio (foto principal do blog), elaboraram conjuntos de bateria fora do normal, utilizando-se de diversos elementos, tais como rototós, bidões, gongos ou tom-tons afinados em correspondência com notas musicais, possibilitando ao baterista, para além da execução rítmica, contribuir melodicamente para a música. A década de 80 foi prolífica no surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos amantes da bateria, um pouco por todo o mundo.
De uma forma geral, os tambores das baterias são construídas em madeiras seleccionadas, podendo também encontrar-se elementos construídos à base de plásticos, metais e/ou outras ligas.

Postura do músico

O baterista toca no instrumento sentado sobre um banco, de forma a manter a caixa entre as pernas que deverão ficar por isso ligeiramente abertas. No caso de bateristas destros, o pé esquerdo assentará sobre o pedal do chimbal e o direito sobre o do bumbo, sendo que, muitos bateristas canhotos adoptam uma postura simétrica a esta.
Alguns bateristas usam um segundo bumbo, ou um pedal duplo, percutido através do pé que geralmente acciona o chimbal, sendo necessário o uso de algumas técnicas adicionais, de forma a conseguir manter a coordenação entre os diferentes ritmos musicais que a música eventualmente possa exigir.

Fontes: Batera.com.br; Wikipédia; Clubrock.com.

is it harder for drummers?

Dizem por aí que a carreira musical é mais incerta pra bateristas do que para os outros músicos da banda.
Será mesmo?
O baterista é muito bem definido por Mauricio Leite como "a coluna vertebral da banda".
Então, acho que a importância do instrumento numa banda não é discutível. O baterista é peça fundamental em qualquer banda, tanto para os músicos como para os espectadores, seja ela de forró ou de heavy metal. Ele garante o ritmo e o espírito da música, o humor dela.
Hanbangers só podem bater suas cabeças graças à martelação e à tecnica de um baterista agressivo. Dançarinas de axé (ânsia de vômito) só podem rebolar suas bundas graças ao ritmo ditado pelo baterista. E o que é uma roda de samba senão uma grande bateria desmontada e tocada por diversas pessoas?. A criatividade, a técnica e o talento de um baterista garantem a harmonia da banda e a diversão da platéia. Sem um bom baterista, não existe um bom show.
Então porque essa história de ser mais difícil para bateristas?
Tudo bem, devo concordar que, o baterista é aquele cara em quem ninguém presta atenção, que fica lá atrás suando a camisa (literalmente) e desenvolvendo tendinites, bursites de ombro e hérnias de disco, escondido e ofuscado pelo brilho de um vocalista ou de um guitarrista performático. Até porque, o baterista não pode se dar ao luxo de sair correndo e pulando pra agitar a galera. Tem que garantir, muitas vezes no anonimato a continuidade e o andamento do show e, principalmente, que as cabeças continuem batendo...
Mas quem, além de um músico, consegue perceber quando o guitarrista ou o baixista erram? Quando o vocalista não lembra a letra da música ele apenas extende o microfone e passa a responsabilidade para a platéia. E todo mundo acha lindo. "Que cara carismático! Deixando o público participar!" Participar é o cacete, ele não lembra a letra, ou sabe que vai desafinar naquele trecho.
O erro do baterista, em contrapartida, é percebido por TODOS. Porque o ritmo se interrompe, a dança fica fora de compasso e a música fica nítidamente estranha.
Por isso nós, bateristas, temos em nossas costas doloridas, uma enorme responsabilidade de manter a qualidade do show sem, muitas vezes, ganhar o reconhecimento e os créditos por isso.

Ainda existem aqueles que dizem que baterista não é músico. Mas tal ignorância, eu nem comento.

A vida profissional de um baterista pode ser mais difícil mas, existem aqueles em que eu me espelho. Bateristas que conseguiram mostrar o valor de seu instrumento e que conseguiram deixar a sua marca e identidade na história da música. Ignoraram as tendências e se tornaram tão importantes ou, em alguns casos, mais importantes do que seus companheiros do front.

Segue abaixo um lista de alguns dos grandes nomes da música de todos os tempos. Aqueles que são minha inspiração para continuar lutando pelo meus sonho de me sustentar com minhas baquetas:

Ringo Starr
Nicko McBrain
Lars Ulrich
Igor Cavalera
Mark Ramone
Dave Grohl
Aquiles Priester
André Martins
Virgil Donati
Meg White
Travis Barker
John Bonham
Mike Portnoy
João Barone
Marcelo Bonfá
Neil Peart
Phil Collins
Joey Jordison
Serginho Herval
Alex Van Halen
Ricardo Confessori

...essa lista não segue nenhuma ordem, nem de preferência ou de importância e muito menos de melhor para o pior, apenas citei alguns nomes de bateristas que se destacaram em suas bandas. Eu sei que a lista de vocalistas e guitarristas seria muito maior do que essa, mas me consolo sabendo que qualquer outra lista, de qualquer outro instrumento, seria inferior. Além disso, não ligo muito para fama e reconhecimento, só quero fazer o que gosto e viver disso e os músicos de uma banda devem ser companheiros e não ricais.
Enfim, são essas as figuras, entre muitas outras, que me inspiram para não desistir da minha missão na terra!!

Let us keep goin' up!!